O ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul nas últimas semanas, vitimando fatalmente mais de 40 pessoas e desabrigando milhares, é mais um alerta com relação as intensas mudanças climáticas que estamos atravessando, assunto que vez ou outra tem sido abordado neste espaço. E não é para menos. Por mais que seja repetitivo falar a respeito de situações climáticas extremas, é preciso lembrar que vivemos um período em que esse tipo de situação se torna cada vez mais comum em grande parte por ação humana.

As mudanças nestes ciclos climáticos podem ser observadas por todo o planeta. Se nas últimas semanas um ciclone que trouxe fortes tempestades para a região sul do Brasil, há pouco mais de um mês, as notícias mais impactantes relatavam a onda de calor enorme que se abateu sobre o hemisfério norte. Países como Estados Unidos, Grécia, Itália, entre outros, registraram recordes de temperatura. E isso não foi uma coincidência ocorrida somente em 2023. Nos últimos anos, vários foram os registros de situações semelhantes em nações como Canadá, Alemanha, Inglaterra, França, e até mesmo na Austrália, que está no hemisfério sul e, devido ao calor, teve casos de queimadas enormes em florestas... ou seja, vemos que esse não é um fenômeno passageiro.

A própria ONU (Organização das Nações Unidas), por exemplo, já faz alertas sobre mudanças que são visíveis para todos. Além do aumento da temperatura e do surgimento de tempestades mais severas, as mudanças climáticas geram mais secas; aumentam a temperatura dos oceanos e contribuem para o derretimento de geleiras, que também fazem com que o volume de água nos mares e oceanos cresça; afetam a produção de alimentos, o que pode levar, inclusive, ao aumento da fome; ameaça de extinção de espécies da fauna e flora; entre outros inúmeros problemas.

Buscar a adoção de iniciativas mais sustentáveis, que preservem a natureza e a coloque como prioridade em termos de cuidados, precisa ser uma ação mais e mais urgente para frear de forma drástica as mudanças que já estão em curso. Caso contrário, ninguém estará livre das consequências. E, pelo visto, elas tendem a ser cada vez mais negativas para todos.