A cirurgia cardíaca pela qual o apresentador Fausto Silva passou nesta semana, ganhando um novo coração após ficar na fila do SUS (Sistema Único de Saúde) para obter o transplante, causou muitos debates sobre o fato de uma pessoa com boas condições financeiras, como é o caso de Faustão, precisar ficar na fila de um serviço público para conseguir uma doação. Para entenderem melhor toda a complexidade da situação, recomendo a leitura do texto do dr. Tchello Pierro na página 8, onde ele explica todo o processo que é feito nestes casos e porque o apresentador não furou fila alguma. Entretanto, é preciso exaltar o SUS e seu trabalho.

O Sistema Único de Saúde é a única garantia que muitos brasileiros possuem para garantir tratamentos gratuitos de saúde. É por ele que os cidadãos conseguem fazer exames, passar em consultas nas mais variadas especialidades, conseguir remédios, fazer cirurgias e encontrar tratamentos para doenças. E dentro de um país tão desigual como o Brasil, onde a grande maioria da população não tem condições de pagar por um atendimento particular, essa ferramenta é essencial.

O funcionamento do SUS é perfeito? Não. Há demora para que muitas situações sejam resolvidas e a infraestrutura de várias unidades de saúde (sejam hospitais, UPAs, UBSs ou centros clínicos) espalhadas pelo país precisa melhorar muito para atender bem à população. Mas lembremos: a demanda pelo Sistema Único de Saúde no Brasil é muito alta, pois ela é a única alternativa para a maioria. Por isso muitos desses problemas existem. Então, cabe aos governantes encontrar estratégias para resolvê-los e tornar o sistema mais eficiente e a população cobrar que essas melhorias aconteçam.

Criticado ou enaltecido, o fato é que o SUS precisa de atenção e de investimentos para que ele siga operando e atendendo a população brasileira. A saúde é um direito do cidadão e essa ferramenta, com seus defeitos e qualidades, está aí para suprir as necessidades de qualquer pessoa que por ventura venha a utilizá-la.