A última semana não foi das melhores para o esporte mais popular do Brasil e do mundo. Ao invés das páginas esportivas, o futebol foi o protagonista das páginas policiais em São Paulo, primeiro devido ao ataque de torcedores corintianos ao jogador Luan, e depois pela morte da torcedora palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, antes do confronto de seu time com o Flamengo, no sábado (8).

Atingida por estilhaços de uma garrafa, a jovem foi socorrida com ferimentos graves e encaminhada à Santa Casa de São Paulo, onde ficou internada e veio a óbito na manhã da segunda-feira (10).

Mortes de torcedores não são casos raros neste meio, infelizmente. O que traz um triste indicativo de quão séria é essa questão. Por mais que sejam adotadas medidas de todas as espécies buscando impedir confrontos de torcidas rivais, sempre novos episódios surgem e ninguém parece estar seguro. Em lugar nenhum.

Os casos de violência não se limitam ao entorno dos estádios, como aconteceu desta vez. Já vimos brigas em estações de metrô, de trem, no deslocamento até os estádios, emboscadas e até brigas marcadas em dia que não havia jogo. O caos impera e quase nada é feito para impedir.

O futebol, que para os torcedores deveria ser uma forma de se entreter, virou campo de batalha para alguns poucos. E se nada for feito, mais mortes acontecerão, mais famílias perderão entes queridos e menor será o interesse no esporte, infelizmente.