Editorial - Eterna Rita

Por Portal Opinião Pública 11/05/2023 - 10:25 hs
Foto: Instagram Rita Lee Jones / Reprodução

Esta terça-feira, 9 de maio de 2023, foi um dia triste para o Brasil. Pela manhã, foi comunicado o falecimento de Rita Lee, uma das principais artistas de nossa história, aos 75 anos. De acordo com a nota da família da cantora, compositora e multi-instrumentista, ela partiu no fim da noite de segunda-feira, cercada pela família e após enfrentar uma dura batalha contra um câncer de pulmão, descoberto em 2021.

Nos últimos meses, Rita se manteve mais reclusa por conta do tratamento contra o câncer e também em decorrência da pandemia. Vivendo em seu sítio desde a aposentadoria dos palcos, em 2013, ela vinha se dedicando a outros tipos de arte, como a pintura e a literatura. Neste período, lançou uma autobiografia e livros para o público infantil. Tinha uma vida tranquila, ao lado do companheiro de muitos anos, o músico Roberto de Carvalho. Uma vida que, podemos dizer, era o oposto daquilo que ela teve enquanto esteve na ativa.

Sincera e direta, Rita Lee era um poço de personalidade. Exalava rebeldia em suas atitudes e isso tudo foi traduzido em suas obras. Começou a cantar ainda na adolescência, no grupo vocal feminino Teenage Singers, depois entrou na banda Six Sided Rockers, que pouco mais tarde daria origem aos Mutantes, formado por ela e os irmãos Arnaldo – seu namorado - e Sergio Baptista. Mas seu grande sucesso veio depois de ela sair (ou ser expulsa) dos Mutantes, com uma carreira solo longa e inquestionável. Com mais de 30 álbuns lançados e composições que marcaram gerações, ela alcançou o patamar de uma das maiores artistas da história do país.

Rita Lee Jones certamente deixou sua marca na cultura nacional. Uma marca que vem influenciando gerações há anos e continuará cumprindo este papel por muitos outros.