Nova York se tornou o décimo estado dos EUA a proibir a venda de cosméticos que tenham sido produzidos com testes em animais. A proibição é fruto de uma lei, assinada pela atual governadora Kathy Hochul na última quinta-feira (15), que deverá entrar em vigor a partir de janeiro de 2023.

Com a adoção da medida, Nova York se junta aos estados da Califórnia, Havaí, Illinois, Louisiana, Maine, Maryland, Nevada, Nova Jersey e Virgínia que já haviam adotado legislações semelhantes anteriormente, segundo a associação Human Society, que ainda pontuou que cerca de 375 empresas já se comprometeram a apoiar a lei para que ela se torne nacional.

No Brasil, foi aprovado recentemente na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal um projeto de lei que também proíbe a utilização de animais em testes e pesquisas para a produção de cosméticos. A proposta já vem tramitando há oito anos e prevê que a realização de testes em animais para este fim só será permitida pelas autoridades sanitárias em determinadas situações e após consulta à sociedade. O texto ainda será analisado pela CMA (Comissão de Meio Ambiente) da Casa.

Atualmente, muitos países proíbem a utilização de animais para testes de produtos cosméticos, como as 28 nações que compõem a União Europeia, que baniram esse tipo de prática em 2013. 

Venda de animais também será proibida 

Além da lei que proíbe a venda de cosméticos que tenham sido produzidos com testes em animais, a governadora de Nova York também assinou uma legislação que proíbe a venda de cães, gatos e coelhos em lojas de animais a partir de dezembro de 2024.

Com a novidade, os nova-iorquinos só poderão adquirir animais de criadores responsáveis, assim que a lei entrar em vigor. Já os estabelecimentos comerciais terão até um ano para se adaptar à nova legislação.