Na Capital e Região Metropolitana de São Paulo foram 1.048 inscritos
Presídios subordinados à Secretaria
de Estado da Administração Penitenciária (SAP) inscreveram 13.698 reeducandos
na 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A maior
competição científica do país passou por mudanças em razão da pandemia de
Covid-19 e a edição, que seria realizada em 2020, foi transferida para este
ano. Só do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá 40 pessoas vão
participar.
Diferentemente dos torneios
anteriores, as provas da primeira fase serão disponibilizadas na página
restrita das unidades prisionais no site da Obmep. As avaliações poderão ser
feitas de 30 de junho a 3 de agosto e serão aplicadas em salas de aula
instaladas nos presídios, respeitando todos os protocolos de prevenção do novo
coronavírus.
Os exames são divididos por grau de
escolaridade: Nível 1 (6º e 7º anos do Ensino Fundamental), Nível 2 (8º e 9º
anos) e Nível 3 (Ensino Médio). A primeira fase é composta por uma prova de
múltipla-escolha de 20 questões.
No dia 9 de setembro, a
organização divulgará os classificados para a segunda fase, prevista para
ocorrer no dia 6 de novembro, cuja avaliação será discursiva, com seis
questões.
Preparar
Com o objetivo de amparar as
pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, a SAP e a
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vêm estimulando, cada
vez mais, os reeducandos a participarem da Olimpíada de
Matemática.
Realizada pelo Instituto de
Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a Obmep é uma realidade no sistema prisional
paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do
Estado.
Presos que não possuem formação
escolar podem concluir os estudos enquanto cumprem pena, por meio de escolas
vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos
Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas,
profissionalizantes e do Ensino Superior.
Histórico
Serão distribuídas aos
participantes 575 medalhas de ouro, 1.725 de prata e 5.175 de bronze, além de
51.900 menções honrosas. A SAP, inclusive, tem histórico positivo na Obmep.
Na edição de 2017, um presidiário
colombiano, que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da
Silva” de Itaí, Interior de São Paulo, faturou a medalha de ouro. Ele foi o
primeiro preso na história da Obmep a levar o prêmio máximo na competição
nacional.
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