CoronaVac atinge 78% de eficácia em casos leves de Covid-19 e 100% em casos moderados e graves

Por Portal Opinião Pública 07/01/2021 - 14:51 hs
Foto: Governo do Estado de São Paulo / Reprodução

O Governo do Estado de São Paulo e o Instituto Butantan anunciaram, nesta quinta-feira (7), que o estudo clínico realizado no Brasil para o desenvolvimento da CoronaVac mostrou uma taxa de 78% de eficácia da vacina em casos leves de Covid-19 e de 100% para casos graves e moderados. A informação foi confirmada durante uma entrevista coletiva de imprensa. 

De acordo com o governo estadual e o Instituto Butantan, parceiros da farmacêutica chinesa Sinovac na fabricação da vacina, entre os voluntários que foram imunizados durante os testes clínicos e que contraíram o vírus, nenhum apresentou caso grave ou moderado da doença nem precisou de internação. Desta forma, segundo as informações divulgadas pelo governo e pelo Butantan, as pessoas que tomarem a dose da vacina terão chances mínimas de agravamento da Covid-19. 

Já a taxa de eficácia de 78% refere-se aos infectados que apresentaram casos leves ou precisaram de atendimento ambulatorial. Assim, a cada cem voluntários que contraíram o vírus, somente 22 tiveram sintomas leves da doença, de acordo com os dados apresentados. Mais de 12 mil profissionais de saúde foram voluntários em 16 centros de pesquisa para o desenvolvimento do imunizante. 

“Hoje é um dia muito importante para o Brasil, os brasileiros, a saúde e a vida. A vacina do Instituto Butantan tem eficácia de 78% a 100% contra a Covid-19, apontam os estudos no Brasil”, afirmou o governador João Doria. “Como governador de São Paulo, quero agradecer aos mais de 12 mil voluntários que aceitaram participar desta pesquisa coordenada pelo Butantan e centros de excelência em oito estados brasileiros. Agradecer também a pesquisadores, médicos e cientistas que ajudaram e contribuíram para encontrarmos este grande resultado. O nosso reconhecimento e a nossa gratidão.” 

Além da divulgação dos dados sobre a eficácia da vacina, o Instituto Butantan também anunciou que iniciou o pedido para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorize o uso emergencial da vacina no país. A expectativa é de que em dez dias todos os dados sejam analisados.