Pré-candidato a prefeito pelo PT critica fechamento do local em meio ao crescente número de casos no município 

O pré-candidato a prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), criticou a atitude de Atila Jacomussi pelo fechamento do hospital de campanha, medida anunciada em meio ao crescente número de casos no município. O equipamento (que também é alvo de investigações por suspeitas em contratos firmados por Atila para seu funcionamento) começou a ser desativado na segunda-feira (10/8). “Estamos atentos e exigimos explicações; os erros cometidos durante toda a gestão da crise colocaram a cidade dentre as mais atingidas pela Covid-19”, afirmou Marcelo Oliveira.

A opinião de Oliveira contesta os números apresentados por Atila para justificar o fechamento do hospital e são amparados por dados estatísticos do Seade (o mesmo utilizado pelo governo do Estado). Por sua vez, o prefeito alegou “tendência de queda nos casos confirmados e óbitos em decorrência da patologia”.

“Os indicadores divulgados diariamente por diversos órgãos responsáveis apontam que a doença não está com tendência de retração na cidade, pelo contrário, nos últimos dois meses, o total de mortes quase que dobrou e os infectados, quase triplicou. É muito descaso para com a saúde do nosso já sofrido povo”, acrescentou.

Marcelo lembrou ainda que o governo de Mauá é responsável pelo menor índice de testagem da população entre todas as cidades do ABC (apenas três testes a cada 1.000 habitantes), o que dificulta o acompanhamento da pandemia.  Está comprovado que a testagem em massa possibilita a identificação de contaminados que não apresentam sintomas da doença.

"Falta transparência e responsabilidade na gestão da pandemia. Como citado, a prefeitura divulga números conflitantes com os apresentados pelo Estado, que apresenta em seus boletins diários aumento significativo dos casos de infectados e de mortos pela Covid-19 em Mauá. A população da cidade merece saber a verdade, ainda mais agora, com o fechamento do Hospital de Campanha. São mais de 101 mil mortos no Brasil e 233 mortos em Mauá. A população exige respeito”, finalizou Marcelo Oliveira.