Pintura da Capela da Santa Casa de Mauá é tombada

Por Portal Opinião Pública 11/12/2017 - 09:22 hs
Foto: Divulgação / Repórter Diário

Na última sexta-feira (8), o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, o superintendente da Santa Casa de Mauá Harry Horst Walendy e o provedor Wilson Augusto conduziram a cerimônia de tombamento parcial das pinturas muralistas de Emeric Marcier na Capela Cristo Rei, localizada dentro do espaço hospitalar.

A capela abriga 23 afrescos do artista plástico romeno, refugiado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Alguns são pintados a óleo e outros em têmpera. Os painéis ocupam todas as paredes e o teto da capela, cujo trabalho levou dois anos para ser concluído.

Ele começou a pintar a capela em 1943 e no conjunto de afrescos, o artista representou passagens bíblicas, entre elas, a ascensão de Jesus Cristo, a Torre de Babel, os sacrifícios ao bezerro de ouro e a divisão do Mar Vermelho. Marcier dizia que a capela não tinha arquitetura, mas o complexo da Santa Casa é um dos poucos exemplares com influência da arquitetura gótica da cidade de Mauá.

A Santa Casa de Mauá se orgulha de sua Capela Cristo Rei, considerada a Capela Sistina brasileira, por ninguém menos que Pietro Maria Bardi. Durante mais de 50 anos, a responsabilidade por manter a capela foi, unicamente, da própria Santa Casa, que nem sempre dispunha de recursos para isso.

“Depois de alguns debates, chegou-se ao consenso de realizar o tombamento parcial, que consiste em proteger as pinturas, o altar, o órgão, o vitral e o jardim da entidade, de forma a permitir que a manutenção básica dos demais componentes seja possível e constante. Com o tombamento se abre a possibilidade de buscar recursos e profissionais especializados para a manutenção, restauração e preservação desses importantes ativos culturais. A Santa Casa de Mauá, também um patrimônio da cidade, demonstra o amor que tem por Mauá”, declarou Harry Horst Walendy.