Beyoncé leva prêmio de Álbum do Ano pela primeira vez no Grammy e amplia recorde

Por Portal Opinião Pública 06/02/2025 - 11:17 hs
Foto: Reprodução / Instagram @beyonce

A cantora Beyoncé foi a grande vencedora do Grammy, principal premiação do mundo da música. A artista venceu, pela primeira vez na carreira, o prêmio mais prestigioso da noite, o de Álbum do Ano, pelo disco "Cowboy Carter", que também foi eleito o melhor “Álbum de Country”. O evento foi realizado na noite do último domingo (2).

Além de Beyoncé, concorriam ao prêmio de “Álbum do Ano” os músicos André 3000, por “New Blue Sun”; Billie Eilish, por “Hit Me Hard and Soft”; Chappell Roan, com “The Rise and Fall of a Midwest Princess”; Charli XCX, por “Brat”; Jacob Collier, com “Djesse Vol. 4”; Sabrina Carpenter, com “Short n’ Sweet”; e Taylor Swift, pelo álbum “The Tortured Poets Department”. Essa é a primeira vez que uma artista negra recebe o prêmio desde 1999, quando Lauryn Hill ganhou com o disco “The Miseducation of Lauryn Hill”.

Além disso, Beyoncé também alcançou outras duas marcas na noite: ela foi a primeira mulher negra a ser premiada por um álbum de country, e ainda alcançou seu 35º Grammy, aumentando assim o recorde de artista mais vitoriosa da tradicional premiação.

Outro destaque do Grammy foi o rapper Kendrick Lamar, vencedor de cinco categorias na noite, incluindo “Música do Ano” e “Gravação do Ano” pela canção “Not Like Us”, onde ele faz críticas pesadas a seu desafeto, o rapper canadense Drake.

Entre outras premiações importantes da noite, a cantora Chappell Roan venceu a categoria “Artista Revelação”; a colombiana Shakira levou o prêmio de Melhor Álbum de Pop Latino, com “Las Mujeres Ya No Lloran”, superando a brasileira Anitta, que concorria na mesma categoria, por “Funk Generation”.

Duas das maiores bandas de rock em todos os tempos, os Rolling Stones e os Beatles também receberam prêmios. O grupo liderado por Mick Jagger e Keith Richards foi premiado pelo “Melhor Álbum de Rock”, com “Hackney Diamonds”. Já o Fab Four levou o prêmio de “Melhor Perfomance de Rock”, com a música “Now and Then”, última música gravada com a presença de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, e que foi lançada em 2023, com ajuda de inteligência artificial.

O Grammy também prestou homenagens ao produtor Quincy Jones, que morreu em novembro do ano passado, com apresentações de artistas como Janelle Monae, Herbie Hancock, Stevie Wonder e Cynthia Erivo cantando músicas de sucesso produzidas por ele; e ao músico Liam Payne, ex-One Direction, morto em outubro de 2024. 

Polêmica 

Concorrendo na categoria de “Melhor Álbum Vocal de Jazz” pelo disco “Milton + Esperanza”, ao lado de Esperanza Spalding, o brasileiro Milton Nascimento, 82, não participou da cerimônia do Grammy. Segundo a musicista, apenas ela foi autorizada a sentar a uma das mesas do evento.

Em suas redes sociais, Esperanza reclamou do ocorrido, afirmando aos fãs que não estava brava por não ter vencido o prêmio e sim por Nascimento não ter podido participar do evento. “Então, Milton não foi autorizado a sentar à mesa da cerimônia deste ano. Isso não me agradou”, postou a musicista, que foi fotografada carregando uma foto do brasileiro com os dizeres “esta lenda viva deveria estar sentada aqui”.

Já a assessoria do cantor brasileiro, vencedor de cinco estatuetas do Grammy, utilizou as redes sociais para esclarecer o motivo de Nascimento não ter permanecido para o evento.

“O cantor e compositor Milton Nascimento não foi barrado e nem privado de ter um assento na cerimônia principal do Grammy. Um dia antes, quando observamos os convites, constatamos que a Academia havia destinado um lugar para Esperanza, artista com quem Milton divide o disco indicado, nas mesas, entre os artistas principais ali presentes, enquanto destinaram para a lenda brasileira um lugar na arquibancada, desconsiderando não só toda a sua trajetória e prestígio em todo o mundo, como a sua idade avançada e impossibilidade de subir ou descer escadas. Quando questionados pela equipe de Esperanza, alegaram que ficariam nas mesas apenas os artistas que eles queriam no vídeo. Tendo em vista a carreira vitoriosa, o reconhecimento e o respeito conquistado pelo genial artista brasileiro, optamos pela ausência dele na cerimônia principal. Obrigado por todo o apoio, carinho e preocupação que todos estão nos dedicando. O Brasil é gigante, tal qual é Milton Nascimento”, postaram.