Marcelo Oliveira derrota Atila Jacomussi e é reeleito prefeito de Mauá
O atual prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), venceu as
eleições municipais e seguirá no comando da cidade pelos próximos quatro anos.
Em disputa com o deputado estadual e ex-prefeito Atila Jacomussi (União
Brasil), o petista obteve 102.115 votos, o que representou 54,05% dos sufrágios
válidos, ante 86.817 votos (45,95%) do rival.
Primeiro colocado na preferência do eleitorado no primeiro
turno, Oliveira observou um acréscimo de 8.741 votos em relação ao primeiro
turno, enquanto Atila teve um desempenho melhor neste sentido, conquistando
13.259 sufrágios à mais do que no dia 6 de outubro. Porém, o desempenho do
petista foi bastante superior ao das eleições de 2020, quando ele venceu o
próprio Atila no segundo turno com 91.459 votos (50,74%), contra 88.783
sufrágios (49,26%) do rival, em uma disputa bastante acirrada.
Após o término da apuração, Oliveira celebrou o triunfo ao
lado de familiares, amigos e correligionários do partido. Ao Jornal Opinião
Pública, nesta quarta-feira (30), o prefeito voltou a agradecer ao eleitorado
mauaense pela expressiva votação.
“Quero agradecer muito, do coração, a todos que votaram em
nós e a partir de janeiro de 2025, da mesma forma que estamos fazendo no
primeiro mandato, nós vamos governar para todos, para os que votaram na gente e
para aqueles que não votaram também”.
Já Atila se manifestou em suas redes sociais sobre a derrota nas urnas. “Quero agradecer à cidade de Mauá pelos quase 90 mil votos, foi uma campanha contra o sistema, contra a máquina, contra os poderosos. A cidade se dividiu em 3 partes: uma parte que quer a mudança e um prefeito presente, que estão do meu lado, outra parte, que foram captados pelo sistema e que eu respeito, mas tem uma terceira parte que não foi votar e deixo uma reflexão: Eu vou continuar ainda mais forte, trabalhando como deputado enfrentando o sistema. Saímos dessa campanha gigantes!”, postou.
Abstenção cresce
Um dado que chamou a atenção no segundo turno em Mauá foi o
alto índice de abstenções. Com 318.437 eleitores registrados na cidade, segundo
números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foi registrado o comparecimento
de apenas 221.119 às urnas no último domingo.
Ao todo, 97.318 deixaram de votar no segundo turno, o que
representa 30,56% do eleitorado mauaense. O número é maior que o de votos
obtidos por Atila. Já se forem somados os votos brancos (10.281) e nulos
(21.906), 129.505 pessoas deixaram de escolher um dos candidatos.
Comparada ao pleito de 2020, a taxa de abstenção cresceu 2,30%, já que na eleição anterior, 86.621 eleitores (28,26%) deixaram de ir às urnas no segundo turno e 126.276 cidadãos não escolheram entre as duas opções da época, somados os votos brancos (11.092) e nulos (28.563).
Reeleição histórica
Com sua vitória confirmada neste domingo, Oliveira tornou-se
apenas o segundo prefeito na história de Mauá, desde 1955, a conquistar a
reeleição. Antes dele, apenas Oswaldo Dias havia conseguido dois mandatos
consecutivos para gerir o município, vencendo as eleições de 1996 e 2000.
Quadro histórico do PT, Dias - que faleceu em agosto deste ano – também é o
único a comandar Mauá por três mandatos (a terceira vez à frente do Paço
mauaense foi entre 2009 e 2012).
Em suas redes sociais, o prefeito reeleito comentou o feito.
“Tornar-me o segundo prefeito reeleito de Mauá, ao lado do saudoso professor
Oswaldo Dias, é uma honra imensa e aumenta ainda mais meu compromisso com nossa
cidade”.
Ao longo de seus quase 70 anos, somente cinco (já computando
a vitória de Oliveira) dos 16 prefeitos da história comandaram a cidade mais de
um mandato, sendo que três deles não conseguiram o feito de forma consecutiva.
O primeiro deles foi Élio Bernardi, que chefiou o município pela primeira vez
entre janeiro de 1959 e setembro de 1962, voltando para um segundo mandato
entre janeiro de 1967 e janeiro de 1970.
Quem também comandou a cidade em dois momentos distintos foi
Amaury Fioravanti, que administrou o município pela primeira vez entre
fevereiro de 1973 e janeiro de 1977, voltando ao cargo de prefeito 12 anos
depois, para comandar a cidade de janeiro de 1989 a dezembro de 1992.
Outro político que teve dois mandatos como prefeito em Mauá foi Leonel Damo: o primeiro entre fevereiro de 1983 e dezembro de 1988 e o segundo de dezembro de 2005 a dezembro de 2008.
Mauá será única cidade do ABC comandada pelo PT
A reeleição de Marcelo Oliveira em Mauá também evitou que
seu partido, o PT, ficasse sem administração na Grande São Paulo. O município
será o único entre as 39 cidades que compõem a região comandado pela sigla.
Nos últimos 20 anos, o PT passou de seu auge para uma grande
queda na região. De 2004 a 2012, o partido teve bons desempenhos na Grande São
Paulo, vencendo as eleições em sete cidades em 2004 (Diadema, Embu das Artes,
Guarulhos, Jandira, Osasco, Santo André e São Bernardo do Campo); em 11 em 2008
– seu melhor desempenho - (Carapicuíba, Diadema, Embu das Artes, Francisco
Morato, Guarulhos, Itapevi, Mauá, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, São Bernardo
do Campo e Suzano); e em 10 em 2012 (Cajamar, Carapicuíba, Embu das Artes,
Franco da Rocha, Guarulhos, Mauá, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e
São Paulo).
Contudo, de 2016 para cá, a sigla não conseguiu eleger
prefeitos em mais do que duas cidades da região no mesmo pleito. Em 2016,
Franco da Rocha foi o único município onde a legenda saiu vitoriosa. Quatro
anos depois, além de Mauá, apenas Diadema figurava entre as cidades da região a
serem governadas pelo PT, com José de Filippi Júnior. Porém, o atual prefeito
diademense acabou derrotado no segundo turno deste pleito por Taka Yamauchi
(MDB).
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