Contas do último ano de mandato de Atila Jacomussi são rejeitadas pela Câmara de Mauá
Legislativo seguiu parecer do TCE-SP que sugeriu reprovação do balancete de 2020; ex-prefeito teve contas de todos os anos de mandato reprovadas
Pelo quarto ano consecutivo o ex-prefeito de Mauá, Atila
Jacomussi (União Brasil), teve suas contas rejeitadas pela Câmara Municipal. Em
votação realizada na tarde desta terça-feira (18), os vereadores da cidade
decidiram, por 13 votos a 10, acatar ao parecer do TCE-SP (Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo) pela reprovação do balancete apresentado pela
administração de Jacomussi em 2020, último ano de seu mandato frente ao Paço
mauaense.
Inicialmente, as contas de Jacomussi deveriam ter sido
analisadas pelo parlamento mauaense no final de maio. Porém, a vereadora Cida
Maia (PT) pediu que a pauta fosse adiada por três sessões para que ela tivesse
tempo de avaliar o parecer do TCE-SP, após assumir a presidência da Comissão de
Finanças da Câmara.
No plenário, a parlamentar enfatizou a decisão. “Quero
registrar que o parecer enviado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
inclina, impreterivelmente, pelo cometimento de ato irregular insanável. Ele
observa que na seara da gestão fiscal, foi cometido descontrole das contas
públicas. A prefeitura na época não dispunha de recursos suficientes para o
pagamento de suas dívidas de curto prazo, registradas em seu financeiro. O
mesmo exercício de 2020 teve um déficit de R$ 15.869.764,83, conforme o
parecer”, pontuou a vereadora, que também citou o não pagamento de restos a
pagar e de precatórios como outros problemas do balancete, além de um déficit
total de aproximadamente R$ 63 milhões.
Para ter as contas referentes ao período aprovadas, o
ex-prefeito precisava que pelo menos 16 parlamentares (ou seja, dois terços do
Legislativo) fossem contrários ao parecer do TCE-SP. Contudo, apenas dez deles
decidiram se opor ao relatório do tribunal: Admir Jacomussi (PRD), Alessandro
Martins (União Brasil), Chiquinho do Zaíra (MDB), Jairo Michelângelo (União
Brasil), Mazinho (PL), Neycar (Solidariedade), Pastor Valdeci Santos
(Republicanos), Renan Pessoa (MDB), Wiverson Santana (Podemos) e Zé Carlos Nova
Era (PL).
Já os parlamentares Eugênio Rufino (PV), Irmão Ozelito (Podemos),
Jotão (PDT), Junior Getulio (PT), Leonardo Alves (PSDB), Madeira (PDT), Márcio
Araújo (PSD), Ricardinho da Enfermagem (PSB), Samuel Enfermeiro (PSB), Sargento
Simões (PL), Vaguinho do Zaíra (PV) e Wellington da Saúde (PSB), além da
própria Cida Maia, concordaram com a avaliação da corte, realizada em 2021.
Com a decisão desta terça-feira da Casa Legislativa de Mauá,
Atila teve os balanços de todos os seus anos como prefeito de Mauá reprovados. Na
votação das contas de 2017, 15 vereadores optaram por seguir o parecer do
tribunal de contas contra cinco 5 contrários e 2 abstenções. Na análise do
balancete de 2018, 17 parlamentares acataram o proposto pela corte enquanto 6
aprovaram as contas daquele período. Já durante a avaliação referente aos
números de 2019, a reprovação das contas de Atila ocorreu por 14 votos a 9.
Com a decisão da Câmara mauaense por acatar o parecer do
TCE-SP, o deputado estadual poderá enfrentar problemas com a Justiça Eleitoral,
caso seja enquadrado na Lei Ficha Limpa, o que poderia levar a um indeferimento
de uma possível candidatura ao Paço.
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