Após recuperar credibilidade, Mauá investe em obras estruturantes para a cidade
Depois de colocar as contas da cidade em dia, a gestão do
prefeito mauaense Marcelo Oliveira (PT) tem, enfim, ampliado o número de obras
estruturantes pelo município. Entretanto, avalizar esses serviços ao longo dos
últimos anos não foi tarefa fácil. Depois de assumir um Paço municipal cheio de
problemas e dívidas - contraídas ao longo do mandato de seu antecessor, Atila
Jacomussi (União Brasil) - e em meio ao auge da pandemia de Covid-19, coube à
administração de Oliveira correr contra o tempo para “colocar a casa em ordem”
e, assim, conseguir novos investimentos para Mauá. E quem também tem sido uma
figura central nesta revolução da imagem do município perante os setores
público e privado é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Edilson de
Paula, que nesta semana falou com o Jornal Opinião Pública sobre a evolução da
cidade ao longo deste período.
Membro do governo de Oliveira desde o início, de Paula já possuía
experiência de ter passado por outros governos petistas em Mauá, tanto durante
o terceiro mandato de Oswaldo Dias (2009-2012), quanto sob comando de Donisete
Braga (2013-2016). E com conhecimento de causa, o secretário explicou que
poucas vezes viu o município tão mal financeiramente e com tanta falta de
credibilidade na praça.
“Nos deparamos com uma gestão totalmente irresponsável, em
2021, vindo de uma instabilidade política e de uma instabilidade financeira,
com vários problemas administrativos. É só lembrarmos o que aconteceu nos
últimos anos, com o TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado) rejeitando as contas
dos quatro anos de mandato do Atila e a Câmara referendando a decisão em três
deles, sendo que o último ainda será analisado neste ano. O prefeito Marcelo
Oliveira precisou baixar dois decretos para auditar os processos e para
levantamento de restos a pagar, pois era necessário renegociar dívidas e conter
despesas”, recordou de Paula, complementando que a instabilidade política e
financeira de Mauá já vem de longa data.
“É resultado das eleições de 2004, que para nossa cidade foi
um desastre, com a ausência do segundo turno. Mauá foi a única cidade do Brasil
que não teve segundo turno, com a judicialização, a posse do presidente da
Câmara, e depois de onze meses a posse do segundo colocado. Essa alternância e
instabilidade jurídica prejudicou muito o processo de desenvolvimento e
implantação das políticas públicas na cidade, que ficou quatro anos sem
investimentos”, acrescentou.
As explicações do secretário corroboram o que o prefeito já
havia exposto, em entrevistas anteriores ao Jornal Opinião Pública. Em três
conversas com Marcelo Oliveira, no fim de 2021, de 2022 e de 2023, o chefe do
Executivo destacou o quão importante foi colocar as contas em ordem para que
Mauá pudesse ter a chance de buscar novos investimentos.
“Quando assumimos o
mandato em 2021, tínhamos instabilidades política e financeira e um problema
administrativo muito grande. De início, baixamos um decreto para renegociar as
dívidas e ter uma contenção de despesas. Isso deu muito certo na questão
financeira, porque fechamos o primeiro ano no azul e neste momento nossas
contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e um dos destaques foi
o superávit que tivemos em 2021.
Em 2022 também conseguimos fechar no azul, com todos os
contratos em dia, e em 2023 já estamos em dezembro e com todos os contratos em
dia (...).
Conseguimos com a
nossa equipe nos organizarmos e melhorarmos a nota do CAPAG (Capacidade de
Pagamento) e o Rating para a nota triplo B, e com isso temos avançado bastante
nas obras estruturantes da cidade através de recursos próprios, de parcerias
com o governo federal e com instituições financeiras”, disse Oliveira, ao fim
de 2023.
Com as contas em dia e a restauração da credibilidade do
município, no entanto, a atual administração passou a ter maior facilidade na
busca por recursos para tocar programas e projetos. E os resultados começaram a
surgir. O programa “Asfalto Novo”, que vem recuperando vias por toda a cidade,
é um exemplo desta nova fase e utiliza verbas conquistadas por meio de um
empréstimo junto ao Governo Estadual. A municipalidade também aguarda repasses
para o custeamento do Hospital Nardini, prometidos em 2023, mas que ainda não
chegaram aos cofres públicos. Já o projeto “Nova Estação”, que reformulará
completamente o Terminal Rodoviário Central, é fruto de uma PPP (Parceria
Público Privada). Diversas outras obras também entram na conta, pois estão
sendo executadas por meio de verbas do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento) do Governo Federal. A expectativa da gestão municipal é de que
cerca de R$ 1,8 bilhão seja repassado pela União. E ainda há a perspectiva de
novos investimentos privados nos próximos 10 anos na ordem de R$ 4 bilhões,
segundo estimativas do governo mauaense.
Além da chegada dos novos recursos, Mauá também viu o
crescimento de seu PIB (Produto Interno Bruto) nos últimos anos, registrando o
terceiro melhor desempenho de todo o Grande ABC ao final de 2023, o que melhora
o poder de investimento do próprio município. E todas essas novidades têm
animado a gestão municipal a buscar novas parcerias, como frisa de Paula.
“Com as contas organizadas e as políticas públicas em todas
as áreas sendo implantadas na gestão do prefeito Marcelo Oliveira, está sendo
possível observar todos os investimentos que estamos fazendo em educação,
saúde, mobilidade, social. Essa gestão tem compromisso com a nossa cidade e
cuida das pessoas”.
Entretanto, a atual administração de Marcelo Oliveira não
tem pensado somente no agora. No ano passado, foi lançado o “Fórum Mauá
2023-2033”, iniciativa que tem por meta discutir o desenvolvimento sustentável
do município nos próximos 10 anos. A ação recebeu nomes importantes do governo
Federal, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e os ministros Márcio
França e Luiz Marinho, que se mostraram bastante entusiasmados com os debates
gerados. Para de Paula, uma gestão responsável precisa cuidar não apenas do
presente da cidade, mas também pensar em seu futuro.
“O prefeito Marcelo Oliveira, mais uma vez, demonstra seu
compromisso com a nossa cidade. Ele nos deu a tarefa de realizar o Fórum Mauá
2023-2033 – A Década da Transformação, que teve como objetivo debater com os
ministros de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin;
do Trabalho, Luiz Marinho; do Empreendedorismo, Micro e Pequena Empresa, Márcio
França; e também com a coordenadora do Programa Cidades Sustentáveis, Zuleica
Goulart, bem como todos os segmentos produtivos, entidades sociais, instituições
de ensino, temas fundamentais para os próximos dez anos e qual cidade queremos.
Isso é uma decisão de um gestor, pois ultrapassa um mandato. Isso significa
pensar a cidade com compromisso e seriedade”, encerrou.
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