Editorial - Centenária

Por Portal Opinião Pública 21/03/2024 - 12:02 hs
Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

Moradora da cidade de Itaperuna, no noroeste do Rio de Janeiro, Deolira Glicéria Pedro da Silva vive uma dupla expectativa. A carioca nascida em 1905 pode entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes, como a pessoa mais velha ainda viva no mundo. No último dia 10, ela completou incríveis 119 anos – caso seu registro de nascimento esteja correto – o que a faria entrar para o Guinness, que atualmente atesta uma senhora espanhola de 117 anos como a mais longeva ainda viva.

Além disso, Deolira também deverá ser estudada por cientistas da USP (Universidade de São Paulo) que desejam analisar seus genes para descobrir qual o segredo para tamanha longevidade.

Se por um lado o reconhecimento pelo livro dos recordes pode trazer algum status para ela, é o estudo pretendido pelos pesquisadores da USP que talvez seja a contribuição mais importante de Dona Deolira, uma vez que ele pode apontar caminhos para que os humanos possam prolongar sua expectativa de vida. Com quase 120 anos, a carioca supera em quase cinco décadas a média de vida de um brasileiro, que atualmente gira em torno dos 75 anos.

Amostras de sangue da centenária já foram colhidas e agora os cientistas realizarão estudos de suas células para entender a razão desta longevidade rara, afinal, são poucas as pessoas que conseguem superar a marca de cem anos. E caso tenham sucesso, quem sabe não seja possível apontar hábitos que possam levar mais pessoas a estenderem suas vidas ou até mesmo a manipulações genéticas que prolonguem nossos dias.