O Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos municipais (Sindserv) tem reivindicado junto à administração do prefeito Marcelo Oliveira um reajuste salarial de 14,51%, composto por 10% de aumento e 4,51% de reposição das perdas geradas pela inflação nos últimos 12 meses. Entidade e governo se reuniram, no dia 28/02, para iniciar as tratativas. Na Câmara, a pauta já foi encaminhada e aguarda definição.

Na avaliação do presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, os servidores concursados e de carreira merecem a valorização porque mantiveram o atendimento à população desde a pandemia.

“Temos dialogado com o prefeito e a Câmara Municipal para que se valorize os funcionários efetivos, que desde a pandemia têm se empenhado em manter os serviços públicos da cidade em pleno funcionamento”, relatou.

Em maio de 2020, o governo Bolsonaro promulgou a Lei Complementar nº 173 que impediu o reajuste nos vencimentos de todos os servidores públicos do Brasil. Naquele ano, o Sindserv Mauá já havia conquistado a revisão das remunerações e não afetou os servidores, mas em 2021 o funcionalismo mauaense ficou sem reajuste salarial.

Para recuperar as perdas inflacionárias, o Sindserv Mauá tem se esforçado para negociar reajustes melhores. Em 2022, a entidade conquistou majoração entre 4,3% e 14,7%. Em 2023, os ganhos obtidos estavam entre 5,1% e 9,7%, além da universalização do auxílio alimentação.

Na avaliação do Sindicato, embora a base da categoria tenha obtido ganho real no período, cerca de 25% ainda tem perdas da inflação a recuperar. “Há perdas de anos anteriores para recuperar, por isso penso que o prefeito Marcelo Oliveira deveria valorizar os funcionários da Prefeitura nesse último ano de mandato, afinal boa parte de seu programa de governo contou com empenho e profissionalismo dos servidores”, avaliou Jesomar.

Alimentação

Além da valorização salarial, o Sindserv Mauá reivindica reajuste no auxílio-alimentação, que é um benefício direcionado à aquisição de alimentos para o servidor público. Para 2024, o mercado sugere queda na inflação oficial, porém o preço dos alimentos que compõem a cesta básica de alimentos aumentou, de acordo com o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em São Paulo, o custo da cesta básica é de R$ 793,39.

Câmara

Na Câmara Municipal, o Sindserv já iniciou as negociações e aguarda definição. Os servidores do Legislativo pedem 10% de aumento e 4,51% de recomposição da inflação.