São Paulo lidera ranking nacional de geração de energia solar distribuída

Por Portal Opinião Pública 08/02/2024 - 12:51 hs
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O Estado de São Paulo fechou o ano de 2023 liderando o ranking nacional da geração distribuída de energia solar fotovoltaica, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ao longo do último ano, o estado acumulou a potência de 3,51 Gigawatts (GW) dentro desta modalidade de geração de energia limpa, superando Minas Gerais, que ficou com o segundo lugar na lista após registrar 3,45 GW.

Segundo os dados da agência, apenas os dois estados geraram mais de 3 GW de energia solar distribuída no último ano. O Rio Grande do Sul, terceiro colocado no ranking, fechou o ano com 2,60 GW gerados, sendo seguido pelo Paraná (2,46 GW) e pelo Mato Grosso (1,54 GW).

Outro dado importante mostra a evolução da geração distribuída no estado nos últimos dez anos. Segundo o governo estadual, neste período a potência instalada saiu de praticamente zero para 3,51 GW, sendo que na comparação entre 2022 e 2023, o acréscimo foi de 50%.

“A aposta nas energias renováveis tem forte suporte em políticas públicas estaduais robustas e em instrumentos adequados”, afirma a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. “Anunciamos o Plano Estadual de Energia 2050, um instrumento de planejamento que mostra que São Paulo é o lugar certo para investimentos em projetos de transição energética rumo a uma economia de carbono zero”, acrescenta a secretária.

A geração distribuída (GD) consiste em mini e microcentrais geradoras de energia elétrica, sob responsabilidade das próprias unidades consumidoras. É o caso em que um consumidor gera para si próprio e ainda pode direcionar para a rede pública de eletricidade os seus excedentes, que são contabilizados como créditos (descontos) na conta de energia.

Além da redução da carga tributária, o Governo do Estado de São Paulo também tem estimulado a geração distribuída com financiamentos específicos para investimentos em redução de consumo de energia e troca de combustíveis fósseis por renováveis.

Os desembolsos se dão por linhas de crédito disponibilizadas pela Desenvolve SP, a agência de fomento paulista, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A principal delas é a Linha Economia Verde (LEV), voltada para a iniciativa privada – mas há linhas desse tipo também para municípios. A agência celebrou no ano passado 34 contratos de financiamento para projetos de energia solar, sendo 15 privados e 19 públicos, somando quase R$ 43 milhões.