J. G. Viola
Tenho saudade..., Das ruas escuras
Porém seguras, Pouco iluminadas
Nas noites enluaradas, Medo? só de assombração
Ladrão? era coisa de ficção, Tenho saudade...
Da avenida Barão, Nossa gente nas calçadas
Pessoas simples e amadas, Ainda na Barão, a paineira
Imponente, bela e altaneira, Uma das joias da coroa
Um dos símbolos da época, Dos dias de neblina e garoa
Namorando a paineira, o Viscondinho, Uniforme branco e azul marinho
Viscondinho, escolha de um caminho, Tenho saudade...
Do Santa Cecília e seu telão, Da vida imitando a arte
Capítulo de uma ilusão, Que o vento não levou
E o tempo não apagou, Tenho saudade...
Do footing no jardim, Das paqueras sem fim
Do namoro no portão, A verdadeira ilusão
Tenho saudade..., Dos bailinhos de garagem
Ye-ye-ye, hi-fi e cuba libre, Beatles, Renato e Roberto
Marcia, Eli, Juca e Gilberto, Tenho saudade...
Do domingo lindo de sol, No Cerâmica futebol
Jogos de grande rivalidade, Agitavam toda cidade
Um clássico sensacional, Independente e Industrial
E as águas do tamanduateí, Que não estão mais aqui
Correndo límpidas e transparentes, Hoje maltratadas e doentes
E ainda que eu insista, Jamais conseguirei apagar
Da memória, o tanque da paulista, Crime! Mandaram aterrar
Também tenho saudade, Das vilas e bairros da cidade
Guarani, Bocaina, Haydee, Assis, Itapeva, Augusta, Vitória, Matriz
Zaira, Magini, América, Falchi, Anchieta, Capuava, Maringá, Itapark
Lídia, Vicente, Quarta Divisão, Centenário, Sertãozinho, São João
Também não posso esquecer, A referência para Mauá crescer
Marco inicial, a velha estação, Que antes de sua ampliação
Não percebia sua beleza, Charme da engenharia inglesa
Hoje além de ver que era bela, Ainda ouço sua cancela
Mauá era isso..., Famílias que se conheciam
Famílias que se reuniam, Montanhas florestadas
Noites bem caladas, Estação, Barão, Jardim
Ginásio, cantina do Serafim, A feira e a paineira
Cinema, circos, parquinhos, Nas garagens bailinhos
Nos salões, bailões, Chuva ou sol, futebol
Tamanduateí, tanque da paulista, Pedacinhos do paraíso
Na alma do saudosista, Cidade da porcelana e scarpelinos
Com sua matriz e seus sinos, Mauá era isso...
Mauá era isso..., E isso dá saudade
Que dói e corrói, Do outrora teatro Pilar
Que quando piso no seu palco, Muito me faz sonhar
Com um nó engasgando, Do Ataulfo discordando
Éramos felizes e sabíamos! Dor no peito e quase chorando
Vejo as luzes da ribalta, Rapidamente se apagando
As cortinas fechando, Mauá nossa Mauá
Está chegando a hora, Estamos indo embora...
José Gilberto Viola, nascido em Mauá. Primário: Escolinha dos Alemães e
Grupo Viscondinho. Ginasial: GEVM formado em 1966. Médio/Superior: Senador Flaquer,
PUC. Profissionalmente obrigado a mudar de Mauá em 1973, voltou em 1981/82.
Reside em Espírito Santo do Pinhal desde 1983, cidade que o acolheu como filho,
eleito várias vezes para o Legislativo, sendo três vezes presidente da Câmara
Municipal. "Pinhal é a minha Mauá dos anos sessenta com seus 45.000 habitantes",
comenta. Com Mauro Tibério, pianista da Rede Vida, programa Bella Italia,
parceiro de festivais universitários, cidades do interior e até TV fizeram uma
música para Mauá que gostariam de mostrar aos mauaenses. Seu amor à cidade
sintetiza numa frase que vive repetindo: "saí de Mauá, mas Mauá não saiu de
mim".
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