O assunto mais comentado na política nacional na última semana, sem sombra de dúvidas, foi o caso envolvendo o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que durante uma operação da Polícia Federal na última quarta-feira (14) foi flagrado com R$ 33 mil escondidos em sua cueca. Obviamente, o caso chamou a atenção por Rodrigues ser um senador em mandato, por ser, até então, vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, pela ação da PF, que visava apurar um suposto esquema de desvio de verbas públicas que deveriam ser utilizadas no combate ao coronavírus em Roraima e pela situação vexatória.

Por mais que o senador, atualmente em licença do cargo, diga que não cometeu crime algum, segundo a PF ele sequer soube explicar a origem do dinheiro que tentou esconder para atrapalhar a investigação. Para a Polícia Federal, além da existência de indícios que o parlamentar usou sua influência para privilegiar empresas ligadas a ele nos processos licitatórios realizados durante a pandemia, existem também indícios de lavagem de dinheiro.

Até o momento, a única “punição” a Rodrigues foi o afastamento de suas funções. A prisão preventiva, defendida pela Polícia Federal, e a prisão domiciliar, sugerida pelo Ministério Público, foram vetadas pelo ministro Luis Roberto Barroso.

O caso do dinheiro escondido na cueca do senador Chico Rodrigues é mais um dos escândalos que, infelizmente, continuamos a presenciar na política brasileira, seja durante o governo de quem for, pois a corrupção não é exclusividade de grupo A ou B. Ela está aí, muitas vezes à vista de todos.