Bel Clemente fala sobre os desafios dos condutores de ambulância em meio a pandemia da Covid-19
São mais de um milhão de profissionais que conduzem ambulâncias em todo o Brasil e, apesar da categoria ser essencial para a prestação de socorro e atendimento médico de urgência, os condutores ainda não são considerados como parte da equipe de trabalhadores da Saúde. Em Mauá, cidade que abriga uma base de ambulâncias do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), essa realidade não é diferente. Para Bel Clemente, pré-candidato a vereador no município pelo PSD, a falta de amparo aos condutores é um dos principais problemas enfrentados, ainda mais agora com a pandemia do novo coronavírus, quando eles, assim como as equipes médicas, precisam se deslocar diariamente rumo ao vírus.
“Somente em São Paulo, o Sindicato dos Condutores de Ambulâncias revelou que os motoristas desses veículos têm mais de 84% de chances de contaminação pela Covid-19. Esses trabalhadores não são considerados parte da Saúde, mas eles também estão na linha de frente contra o coronavírus, muitas vezes sem os equipamentos necessários para se protegerem”, explica Bel.
A indignação tem motivo. Parte dos motoristas, entre rede pública e privada, não recebem os equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados como os enfermeiros e médicos das ambulâncias, mas, por estarem com esses outros profissionais no dia a dia e por ajudarem no atendimento aos pacientes, eles também acabam correndo grandes riscos de contaminação. “Em uma reportagem recente da TV Gazeta, condutores revelaram que ao invés de usar a máscara N95, que é utilizada por médicos e enfermeiros, eles recebem apenas o modelo cirúrgico”, complementa o pré-candidato.
Em Mauá, as equipes falam em aumento nos atendimentos emergenciais a casos de Covid-19. “O número de chamados que era muito comum, como traumas e acidentes, deu uma diminuída. A gente percebeu que aumentaram os casos de Síndrome Respiratória com sintomas de Covid”, o enfermeiro socorrista do SAMU Cleiton Oliveira conta à mesma reportagem de televisão.
E o que fazer para oferecer mais segurança aos condutores? É essa a luta de Bel. “Estamos lutando junto à Associação Brasileira dos Condutores de Ambulâncias (Abramca) para regularizar a profissão dos condutores e para integrá-los como parte da Saúde. Para isso, existem dois Projetos de Lei em tramitação na Câmara dos Deputados, o PL 3553 de 2015 e o PL 3829 de 2019”, afirma Bel. “A regulamentação nacional vai mudar o cenário dos condutores, mas também podemos fazer nossa parte no município levando essa preocupação para o Executivo e Legislativo”.
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